É tudo que esperávamos e nada do que poderíamos imaginar. Queria poder todo mês sair da sala de exibição feliz e regojizado com um maravilhoso espetáculo cinematográfico igual a esse. Infelizmente que quase nunca é assim.
Com estreia prevista para essa quinta-feira dia 4, The Batman, a mais nova aventura do homem morcego a chegar na tela grande. Esqueça tudo que você já viu sobre o batman seja no cinema ou na televisão. O diretor Matt Reeves de Planeta dos macacos: a origem e Planeta dos macacos: a guerra nos entrega 2 horas e 55 minutos de puro deleite visual misturado com uma trilha sonora jamais ouvida em nenhum filme de herói.
No elenco temos Robert Patinson que dá conta do recado muito bem no papel de Bruce Wayne/Batman, Zoe Kravitz também não fica atrás nos entregando uma nova versão da mulher-gato e Jeffrey Wright como um Gordon ativo e participativo e não apenas um mero coadjuvante como em outros filmes do herói.
A pergunta que vinha sendo feita por muitos críticos e analistas de cinema que estavam mais que ansiosos por essa produção era: Será que uma história tão vista, revista e várias vezes apresentada, tinha condições de ser renovada? E felizmente a resposta é: Sim, e muito bem renovada.
E os vilões? Matt Reeves também acertou em cheio nessa parte. Todos tem participação crucial no roteiro e entregam seus vilões sem nenhum exagero nem caricatura. Colin Farrel arrasa no papel do Pinguim, que sem nenhum esforço ou exagero acaba se tornando o alívio comico do filme, mesmo sem querer. John Turturro também está muito bem como Carmine Falcone e Paul Danno dá um show a parte como o vilão principal, O charada. Mostrando que nem só o coringa tem o poder de mexer psicologicamente com a cabeça do homem-morcego.
Um enredo baseado na realidade ainda bem mais do que a maravilhosa e quase perfeita trilogia de Christopher Nolan. Matt Reeves acertou na mosca aonde grande parte dos filmes novos de super-herói erra: querer contar, sem precisão a origem do paladino. Christopher Nolan fez isso tão bem na trilogia do cavaleiro das trevas que perder tempo contado a origem seria uma falha gravíssima nessa produção.
Outro ponto que gostaria de destacar é a trilha sonora, Michael Giacchino não fica nem um pouco atrás das clássicas de Danny Elfman e Hans Zimmer. Uma trilha sonora diferente que tem absolutamente tudo haver com a obscuridade da Gotham decadente e falida mostrada nesse filme.
Outro ponto positivo é o cuidado que a Warner está tendo na distribuição dos seus filmes no mercado internacional. Toda a interface de O Batman está em português. Principalmente em um filme desse porte onde se exige muita leitura e perderíamos muito tempo e aspectos importantes da trama se todas as mensagens e vídeos dentro do filme não estivessem em português. Isso deveria ser lei mundial.
No quesito ação, acredito que alguns espectadores, baseados em outros filmes do batman irão sair um pouco decepcionados da sala de exibição, mas Matt Reeves soube balancear muito bem, mas muito bem o tempo de cada ato e nada ficou a desejar. Destaque para a grande cena de perseguição com o batmóvel bem no meio da projeção. A segunda melhor dos filmes do batman, ficando atrás somente da primeira perseguição em batman begins.
Esse novo filme do batman pode até não agradar a todos (difícil, mas pode acontecer), mas Matt Reeves fez um trabalho espetacular e espero que agrade o suficiente para gerar pelo menos mais um filme. Resumindo, esse é um batman completamente diferente de tudo que já vimos no cinema e na TV. Enquanto os outros filmes, quer queiramos ou não, muitas vezes, o destaque maior era para o vilão, esse é um filme do batman e dele somente.
Minha nota para esse filme é:
Com essa análise tão efusiva, só me sinto com mais vontade para ver esse filme.
Já estava ancioso e com expectativa, agora, muito mais.
Se a tua nota foi dez, agora tenho obrigação de assistir esse filme!
SHOWWW
[…] Ao final das contas, Batman o filme, que tinha tudo para ter uma bilheteria mediana, acabou se firmando no mercado cinematográfico, teve uma segunda parte em 1992 e hoje é reconhecido como um clássico do gênero. Seu relançamento para a comemoração de seus 35 anos se dá juntamente com a nova versão do diretor Matt Reeves, cuja crítica vocês podem conferir clicando aqui: https://loucoporcinema.com.br/?p=564 […]