Paris Filmes | “Ameaça no Ar” estreia em janeiro de 2025

O grande produtor, ator e diretor Mel Gibson está demonstrando sinais de cansaço em uma instável carreira. No caso aqui, como diretor ele está tomando o rumo completamente oposto do falecido diretor Joel Schumacher que fazia verdadeiras maravilhas cinematográficas quando tinha um orçamento bem apertado e parece que desaprendia tudo quando tinha um grande orçamento nas mãos. Exemplos disso são as produções Os garotos perdidos cujo custo de produção foi de apenas 8,5 milhões e só no mercado Americano arrecadou mais de 32 milhões, um lucro de mais de 275% e Batman & Robin que custou 125 milhões para ser feito e não conseguiu arrecadar nem 2 vezes esse custo.

Mel Gibson que já dirigiu filmes da grandeza de Coração Valente que teve 75% de aprovação por parte do público e 85% por parte da crítica especializada. Foi bastante polêmico quando lançou A Paixão de Cristo em 2004 falado totalmente em Aramaico. Agitou o gênero pós apocalipse com os dois primeiros e excelentes longas da série Mad Max e também em comédias de muito sucesso como O Que As Mulheres Querem, Alta Tensão e Maverick. Foi um grande herói de ação nas décadas de 80 e 90 com a quadrilogia Máquina Mortífera e em dramas inesquecíveis como Hamlet, O Homem Sem Face e O Patriota. Enfim, conseguiu fincar sua marca no mercado Hollywoodiano vindo do pouco explorado mas com excelentes filmes do cinema Australiano.

Mas, infelizmente, dos anos 2010 em diante, sua carreira tem tomado um estranho rumo seja na interpretação, produção e direção. Uma verdadeira montanha-russa de filmes bons, péssimos e memoráveis. Filmes em que sua participação é simplesmente patética e a única justificativa de sua presença é ter que pagar pensão para seus 9 filhos,  Hannah, Lucia, Christian, Edward, William, Louis, Milo, Thomas e Lars.

Com direção de Mel Gibson, suspense “Ameaça no Ar” ganha novo trailer com  muita ação e adrenalina nas alturas - Paris Filmes

Em Ameaça no Ar, sua mais nova incursão no ramo da direção, Mel Gibson nos entrega um filme que nem a boa escolha do elenco consegue salvá-lo de um roteiro patético, que apesar de ter uma ideia interessante, tem mais furos que um queijo suiço. Aliás, o elenco, que tem bons nomes como Mark Wahlberg de Luta Pela Fé, Michelle Dockery de Magnatas do Crime e Downtown Abbey e Topher Grace de Homem-Aranha 3 e That 70’s show, a boa ideia do roteiro de Jared Rosemberg em seu primeiro trabalho para o cinema e a mistura de efeitos práticos com IGC são os únicos pontos positivos dessa produção. E discordando do meu colega crítico Alexandre Brandini do site Cineview, tenho quase a total certeza que esse filme será um completo fiasco e terá uma pífia e esquecível carreira seja aonde essa pérola for lançada.

Com um orçamento de “apenas” 10 milhões de dólares, Mel Gibson conseguiu entregar a primeira decepção cinematográfica de 2025. Mas como o ano está apenas começando, acredito que temos produções bem piores a caminho. E citando a famosa lei de Murphy: “Nada é tão ruim que não possa piorar.”

Minha nota para esse filme é:

Número 4 | Foto Premium