Com estreia programada para hoje nos cinemas, Halloween Kills – o terror continua, é o segundo ato de uma trilogia que foi iniciada em 2018. Infelizmente esse segundo capítulo tem mais pontos negativos do que positivos, e um dos principais pontos contra é que, nos EUA, a estreia nos cinemas vai ser simultânea com o streaming, e isso não vai ser nada bom para as bilheterias dessa já não tão forte produção.
David Gordon Green volta a direção desse segundo e também do terceiro filme que está em fase de pós-produção e terá lançamento em aproximadamente um ano. Também voltam as atrizes Jamie Lee Curtis, Judy Greer e Andi Matichak. John Carpenter, diretor do original de 78 volta apenas como produtor executivo e autor da icônica trilha sonora. Também retornam alguns atores do filme original para uma participação especial e sem o devido valor, tornando o que poderia ser uma grande ideia em uma banalidade apenas para “encher linguiça”.
O filme se inicia exatamente aonde o de 2018 parou e após constatarmos que Michael Myers ainda não está no inferno, onde deveria, a produção se divide em duas narrativas que prejudicam bastante o seu andamento. O filme faz uma grande crítica ao modo de como os Americanos encaram ameaças e de como estão dispostos a passar até mesmo por cima da lei para tentar neutralizá-las, quase sempre, sem sucesso, levantando uma discussão importante sobre quem são os verdadeiros monstros e quais suas motivações. Será que a justiça com as próprias mãos é mesmo válida?. Não me recordo de ter visto um questionamento desses em nenhum filme da franquia Hallooween.
Muita cenas violentas sem necessidade e a tentativa em excesso de tentar explicar a presença de um elenco que está, quase todo indo do nada para lugar nenhum.
O desafio de toda segunda parte de uma trilogia é bem maior do que muitos imaginam pois os produtores tem que tentar superar o primeiro ato, entregando informações suficientes, e ao mesmo tempo deixando o público preparado para a terceira e “última” parte. No caso de Halloween Kills, o título da terceira parte já foi definido como “halloween ends” (Halloween – o fim) e a estreia está programada para daqui a um ano.
Um dos pontos positivos em Halloween Kills é que o protagonismo muda de figura. Aqui o personagem principal não é Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) e sim o próprio Michael Myers. A trilha sonora clássica está presente com sutis variações feitas pelo próprio John Carpenter.
Mas nem tudo isso conseguem dar a emoção e a empolgação que essa produção merece, infelizmente.
Minha nota para esse filme é: