Já fazia um bom tempo que a Marvel estava devendo ao público um produto que valesse o preço do ingresso. Sua última produção a conseguir esse feito foi Deadpool e Wolverine lançado no ano passado, porque Homem-formiga 3, Invasão Secreta, Mulher Hulk, Pantera Negra 2, Thor 4 e As Marvels todas foram produções bem aquém e que, na minha opinião, não valeram nem o preço do ingresso nem o tempo perdido em frente a TV. A Marvel caiu naquela velha armadilha criativa pela qual todas s franquias passam e também não soube se renovar nos entregando mais do mesmo, mas cada vez com menos qualidade. A grande crítica de cinema Ana Maria Baiana acerta em cheio quando escreve o seguinte comentário: “A certa altura de repetição, o gênero se cristaliza, tornando-se plenamente um clichê, pronto para ser criticado, ironizado, destroçado e, eventualmente, esquecido. O gênero de heróis não está exatamente saturado por ser heróis, mas sim saturado de roteiros ruins.”. Adicionemos a isso também a pandemia que foi um desastre sem precendentes não só para o cinema mas para quase todas as atividades no mundo.
Isto posto, como diz aquele velho ditado popular: “Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.”, chegamos em 2025 com o primeiro filme da nova fase da Marvel que ainda não chegou ao nível de suas primeiras produções iniciadas com Homem de Ferro em 2008 mas demonstra sinais de boa vontade e uma leve melhora. Esse ano ainda teremos Os Thunderbolts em maio e o super aguardado Quarteto Fantástico em julho.
Dirigido por Julius Onah de Luce e O paradoxo Cloverfield, Capitão América – Admirável Mundo Novo chega com a difícil missão de reinventar a Marvel e tentar trazer mais qualidade e também público de volta as salas de cinema. E querem saber? Começou bem e está no rumo certo.
No elenco Anthony Mackie retorna como Sam Wilson o Falcão que foi promovido a Capitão América com a aposentadoria de Steve Rogers e cujo único arrependimento é não ter tomado o soro do Super Soldado para entregar mais e se lascar menos na luta com os inimigos. Harrison Ford, mais singular do que nunca, que entrou para Substituir o falecido William Hurt, a Israelense Shira Haas que está muito bem no papel de Ruth Bat-Seraph, a guarda costas do presidente, Danny Ramirez também não decepciona no papel de Joaquin Torres, parceiro do Capitão, Tim Blake Nelson como o vilão cérebro e o veterano Karl Lumby como o injustiçado super soldado Isaiah Bradley.
Infelizmente, todos os trailers de Capitão América – Admirável Mundo Novo que foram lançados estragaram as principais surpresas do filme e o roteiro que foi escrito por muitos pares de mãos (5 para ser preciso) acabaram prejudicando bastante o produto final entregue que tem algumas sequências dignas das primeiras fases do universo cinematográfico da Marvel nos cinemas. O público está gostando bem mais que a crítica pelo fato de não ser tão exigente quanto a crítica. Mas descordo de alguns colegas críticos quando atribuem uma nota abaixo de 5 (muitos deles fizeram isso) resultando assim em afastar um pouco do público nos cinemas. Realmente, essa produção tem algumas resoluções pífias e que deixam muito a desejar, mas no contexto geral, Capitão América – Admirável Mundo Novo vale sim o preço do ingresso e, na minha opinião a Marvel está no caminho certo da volta as grandes produções. Espera-se que essa volta tenha o seu ponto culminante esse ano com O Quarteto Fantástico em julho desse ano que será a porta de entrada para os novos filmes dos Vingadores, a serem lançados em 2026 e 2027 respectivamente.
Minha nota para esse filme é
Já estava mais que na hora de termos de volta a diversão dos filmes de super heróis.
Ainda engatinhando nessa volta amigo Marcelo, mas pelo menos estamos no caminho.
Opa ! Embora só vi o 1o, fiquei realmente curioso pra saber mais sobre o filme ..
Veja os outros, senão vai ficar um pouco perdido na história.