Nunca foi bom irmos a nada com uma alta expectativa de sucesso e nos frustrarmos com o material apresentado. Foi exatamente o que aconteceu comigo ao término da sessão de Rivais (Challengers – EUA 2024). Um sucesso de público e crítica que naturalmente despertou a curiosidade deste analista que vos relata. Mas não vi nada além de um filme lento, um tanto quanto chato com atuações lineares com poucos elementos salvantes durante a projeção.
Dirigido pelo Italiano Luca Guadagnino do interessante Um mergulho no passado de 2015 com os excelentes Ralph Fiennes e Tilda Swinton no elenco. No elenco a atriz Zendaya (a Mary Jane dos novos filmes do Homem-aranha), Mike Feist da nova versão de Amor, sublime amor e Josh O’Connor de Emma.
Zendaya perdeu a grande oportunidade (ou não) de mostrar para o público o quão boa atriz ela acha que é. Um papel dramático de uma mulher que é disputada por dois amigos de infância. Como toda moeda tem dois lados, toda amizade também. E em uma trama previsível, antes do final do primeiro ato, nós já sabemos como quase toda a trama irá se desenvolver, exceto uma pequenina surpresa nos minutos finais e que não conseguem salvar essa mediana produção. Dizem que toda unanimidade é burra, seja para o lado positivo ou para o lado negativo de onde você se encontra. Esse é exatamente o meu sentimento para com esse filme.
Uma produção que mostra aonde o egocentrismo pode nos levar, pois em momento algum, valores como família e amizade não parecem atingir de forma alguma o trio central de protagonistas. Personagens sem graça em uma trama previsível e monótona em que nada acrescenta para o crescimento de quem assiste.
O fato é que Rivais traz apenas algumas novidades cinematográficas em termos técnicos e uma trilha sonora acima da média. Insuficientes fatores para salvar uma produção desse porte. Nos ensina sim, o que não fazer em relacionamento a três, como é mostrado durante suas 2 horas e 11 minutos de projeção. Acredito que teria sido bem mais aceito se tivesse alguns minutos a menos.
Rivais nos mostra que não importa apenas vencer. Temos que vencer sempre, nem que para isso eu tenha que dormir com o melhor ex-amigo do meu atual marido que parece não ligar muito para esse “pequeno” detalhe. A única coisa que importa é estar apto e com saúde o suficiente para jogar mais uma temporada pelo menos. A personagem de Zendaya é totalmente manipuladora, egoísta e desprovida totalmente de moral. Valores que estão em falta grande hoje em dia e que parecem atrair muito mais bilheteria do que os valores corretos em uma trama que caberia muito bem em uma temporada de Malhação.
Minha nota para esse filme é