O que mais esperamos quando vamos ao cinema para ver a segunda parte de um filme o qual adoramos a primeira? Que essa segunda parte seja melhor ou que, pelo menos, nos transmita o mesmo sentimento de sua produção predecessora. E é exatamente isso que recebemos quando saimos da sala de exibição de Shazam – Fúria dos deuses. A nova aventura do herói mais atrapalhado da DC.
Novamente dirigido por David S Sandberg e com o mesmo elenco da primeira parte com as agradabilíssimas adições das maravilhosas Hellen Mirren e Lucy Liu. Uma sequência bastante divertida que não nos deixa nem triste nem tediosos e que mesmo com algumas falhas no segundo ato nos entrega um terceiro digno e bastante divertido. Com várias participações, referência e uma provocação aos heróis da empresa concorrente. Sou ousado em dizer que Shazam – Fúria dos deuses me divertiu bem mais do que Homem-formiga 2.
Por piores que fosses todas as sequências que eu já vi na vida, uma coisa é inegável: o conforto dos protagonistas em nos entregar performaces mais a vontade e bem trabalhadas que são essenciais a trama para que ganhemos a empatia necessária e garanta o sucesso e a bilheteria da produção. No casso desse filme, o espaço de tela dos 6 heróis é bem dividido e o herói principal ganha o devido destaque de protagonista. Muitos críticos parecem não entender o contexto do universo de Shazam e não aceitam a infantilidade e a “bobalidade” do personagem. Temos que nos lembrar que na verdade, Shazam é um adolescente de 17 anos que passou por poucas e boas na vida e ainda não tem a maturidade suficiente exigida para um herói de tamanha magnitude. Isso é bem demonstrado quando uma das heroínas do filme dá preferência em salvar alguns filhotes de gato a 3 jovens em meio a uma ponte que está prestes a se colapsar. A inexperiência dos heróis protagonistas é tanta que eles fazem quase tudo de maneira infantil e inadequada recebendo a reprovação de quase toda a população. Crescimento esse que eles vão ter que aprender “na marra” durante o filme, principalmente Shazam, o herói principal.
E esse crescimento por parte de todos é um dos pontos fortes do filme. Mas…como toda moeda tem dois lados, Shazam 2 também tem suas falhas e uma delas é transformar Djimon Hounsou, o mago que deu os poderes a família Shazam, em um completo idiota tentando compensar esse erro em uma cena de 20 segundos. E também os pais adotivos que mesmo com todos os sinais claros e evidentes ainda nem desconfiam que seus filhos são semi deuses.
Shazam 2 vale realmente o ingresso principalmente pelo 3º ato que tem uma agradabilíssima surpresa.
Agora é esperar pelos resultados financeiros que Shazam – Fúria dos deuses irá gerar para podermos ter alguma noção do que James Gun pretende fazer com os personagens. Estava sendo previsto que Shazam 2 teria uma das piores aberturas da DC nos cinemas, mas com tantas primeiras impressões positivas esse quadro está começando a mudar e uma alavancada nas vendas de ingresso pode ocorrer nesse final de semana de estreia tanto na América do Norte e Canadá quanto no resto do mundo.
E atenção: Shazam – Fúria dos deuses tem 2 cenas pós-creditos. E uma delas (não vou dizer qual) já tem o dedo de James Gun.
A minha nota para esse filme é: