Batem à Porta | Trailer 2 Oficial (Universal Studios) - HD - YouTube

A carreira do cineasta M. Night Shyamalan é uma das mais incostantes do nosso cinema. Grande parte de seus filmes se iguala a uma boa parte dos filmes da industria cinematográfica de Hollywood. Na maioria das vezes, uma ótima ideia pessimamente aproveitada e/ou são mestres em iniciar e desenvolver mas ainda tem muito o que aprender no terminar.  Se você que está lendo ficou um pouco confuso com essa minha afirmação, veja a inconstante filmografia de Shyamalan e entenda melhor.

O sexto sentido (1999) – O grande acerto de sua carreira e o melhor filme do cineasta até a presente data.

Corpo Fechado (2000) – Não tem meio termo, ou é adorado ou é odiado. Na minha opinião, não passa de um filme interessante.

A vila (2004) – Filme mediano com mais erros do que acertos e o que vale o ingresso é o desfecho. Ótima ideia medianamente aproveitada.

A dama na água (2006) – Um dos piores filmes de sua carreira. Ideia interessante mas contada de forma totalmente equivocada. Começa aqui uma sequência de filmes muito ruins.

Fim dos tempos (2008) – Filme que vai de nada a lugar nenhum.

O último mestre do ar (2010) – Baseado em uma série de animação. Foi querer sair de sua seara de especialidade para tentar melhorar sua carreira e o que aconteceu foi exatamente o contrário.

Depois da terra (2013) – Interessante filme de ficção que se tivesse sido comandado por um diretor mais experiente nesse gênero o resultado final teria sido melhor. De mediano para bom.

A visita (2015) – Uma pequena melhorada em uma carreira já descendo a ladeira.

Fragmentado (2016) – Mais uma vez soube desenvolver e não soube finalizar. O que vale aqui é a atuação de James McAvoy que está brilhante.

Vidro (2019) – O final de uma trilogia que deveria ter permanecido apenas com Corpo fechado.

Tempo (2021) – Achei interessante, mas após ler a graphic novel o qual o roteiro é baseado, ví a grande chance perdida que Shyamalan teve.

E aí, quando tudo parece estar rumando para o fim de uma carreira, eis que surge o longa Batem a porta (2023). Uma redenção e a “aparente” volta de Shyamalan a uma linha a qual ele nunca deveria ter abandonado.

Crítica: “Batem à Porta” é M. Night Shyamalan contido e eficiente, ainda  que com falhas

O mais interessante dessa produção é que por se tratar de um filme de M Night Shyamalan, você já vai ao cinema com um pé atrás e muitas vezes adquiri o ingresso por simples falta de opções, como foi o meu caso. É aí que o espectador se dá conta que estava enganado e lhe é entregue um filme aonde cabem várias interpretações dependendo do estado de espírito em que estamos. Um filme que, nas suas devidas proporções, eu o comparo ao extraordinário Mãe de Darren Aronofsky lançado em 2017.

Em Batem a porta, Shyamalan usa e abusa da sua habilidade de filmar em espaços limitados. E isso é determinante para a compreensão dos acontecimentos do filme.

Outro grande adido a esse filme é o elenco. Dave Bautista (Os guardiões da galáxia) provou com honras que não é mais um brutamontes linear do cinema e que também é um ótimo ator. O resto do elenco também está muito bem o que é de fundamental importância para que esse filme não fosse prejudicado. Um filme violento e que impacta, mas, o impacto não está nem tanto na violência física e sim nos diálogos apresentados que nos trazem muitas reflexões e introspectos.

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Às vezes, após assistir a uma produção nesses moldes, vejo que ainda tenho muito a aprender sobre compreensão cinematográfica, pois, ao ler as críticas publicadas e constatar a total insatisfação da maioria dos críticos a cerca desse filme, vejo que realmente ou eu vi um filme completamente diferente do que eles viram ou eu ainda tenho muito o que aprender sobre cinema. E sempre quase todos estão de acordo em seus comentários. O que diferencia é o estilo de escrita ou de apresentação de cada um. Mas….se todos nós tivéssemos a mesma opinião sobre tudo e todos, esse mundo seria uma droga. O bom é a divergência de opiniões para que os fatos sejam apresentados de diferentes pontos de vista sem exageros e fanatismos.

E outro fator que vai prejudicar a carreira e a compreensão desse filme tanto no cinema como nos streamings é a falta de opinião própria que grande parte do publico possui. Analistas e críticos deveriam ser lidos e vistos como guias para o que queremos ler, ver ou comprar. Sempre sendo obrigação do público assistente a leitura de mais de uma opinião para puder criar suas próprias.

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Outro ponto que achei bastante positivo nesse filme foi o fato de Shyamalan ir direto ao ponto e não perder tempo tentando explicar o que vai ser feito, não tornando assim o filme longo e chato.

Resumo da ópera: Batem a porta é um filme difícil, que levanta vários questionamentos, e um grande acerto de M Night Shyamalan entre tantos erros em sua carreira.

E lembrem-se: NUNCA deixem de assistir a um filme porque a crítica ou alguém próximo a você o detonou. O lixo de alguns é o tesouro de outros.

Minha nota para esse filme é:

Número 9 de aço com bucha e parafuso 14,5cm preto Bemfixa | Telhanorte