E Avatar: o caminho da água chegou para encerrar um ano cheio de altos e baixos em termos de qualidade quando falamos de lançamentos para o cinema. Esqueça tudo que vocês já viram ou acham que viram em matéria de efeitos e filmes, especialmente em 3D. James Cameron conseguiu mais uma vez ser um divisor de águas na história do cinema moderno. Avatar: O Caminho da Água consegue apresentar um espetáculo visual ainda mais impressionante que o primeiro filme, com novas técnicas de produção e efeitos especiais em uma imersão em 3D que impacta o público ao nos apresentar uma Pandora que ainda não conhecíamos.
Avatar: O Caminho da Água tem uma longa duração, mais precisamente de 3 horas e 12 minutos, o que pode espantar muitas pessoas, mas a narrativa nunca se torna cansativa ao longo da produção. James Cameron inicia apresentando a trama e seus personagens de forma bem lenta e ainda nos lembrando o necessário sobre o primeiro de Avatar, mas o filme está repleto de cenas de ação e aventura que prendem os espectadores – especialmente todo o ato final, que tem quase 1 hora initerruptas com algumas das cenas de ação mais impressonantes do ano.
James Cameron é sem a menor dúvida um diretor/produtor diferenciado. Se há alguém que duvide disso vamos a uma breve biografia sua: O primeiro exemplar do exterminador do futuro, lançado em 1984, revolucionou em roteiro e técnicas de efeitos práticos. O segundo capítulo da série Alien, de 1986, deu um novo fôlego no quesito da mistura ação e ficção. O segredo do abismo que saiu em 1989, nos apresentou a novas técnicas em imagens geradas por computador que só fizeram nos surpreender mais ainda em O exterminador do futuro 2, lançado pouco tempo depois, em 1991. Logo após revolucionou o cinema de ação com true lies e foi produtor de uma das melhores ficções da década de 90 quando nos entregou estranhos prazeres como produtor e deixou a direção ao cargo da mais que competente Kathryn Bigelow. Depois voltou a cadeira de diretor e foi contra muita gente quando decidiu fazer Titanic. Logo após Titanic ele conseguiu tirar do papel a primeira parte de Avatar que mudou e aperfeiçoou os filmes lançados em 3d. De 2009 até hoje, ele trabalhou na sequência, Avatar 2 e apenas começou as filmagens em 2017, somente quando a tecnologia que ele projetou para o filme ficou viável para sua realização.
Avatar 2 fica ainda mais fantástico se pararmos para pensar no comprometimento da equipe de produção e dos atores que dedicaram quase 3 anos de suas vidas entre produção, fotografia principal, pós produção, que é a parte mais árdua desse processo, e algumas refilmagens. Não podemos também deixar de mencionar o fantástico trabalho da equipe de dublagem brasileira que recebeu uma cópia aonde apenas aparecia a boca dos personagens e nada mais, o resto tudo era um fundo preto. Um trabalho dificílimo que deve também ser mencionado e apreciado.
Um espetáculo visual impressionante e imersivo que merece ser assistido nos cinemas. Mesmo que não tenhamos muitas inovações em relação às ameaças militares da primeira parte, essa sequência se destaca por levar o público nessa exploração das novas fronteiras, ao fascinante mundo aquático de Pandora. E muito mais do que isso, essa segunda parte traz a tona temáticas revelantes como a guerra imperialista, a união familiar de diferentes povos e a luta contra esses opressores que apenas vizam o lucro e não ligam a mínima se nesse processo levam o planeta junto.
Minha nota para esse filme é:
Obrigada por esse texto ! Estou correndo para ver onde assisto em SP! Bjs