De acordo com o site do TST, a definição de assédio sexual é a seguinte: o constrangimento com conotação sexual no ambiente de trabalho, em que, como regra, o agente utiliza sua posição hierárquica superior ou sua influência para obter o que deseja. Outra definição bem acertada sobre assédio, podemos encontrar no filmes Assédio sexual de 1994: assédio sexual é, na grande maioria dos casos sobre o poder do mais forte sobre o mais fraco. E é exatamente isso que a diretora Maria Schrader mostra em seu grande trabalho para o cinema ao mostrar como o The New York Times montou a matéria sobre o monstro Harvey Winstein, ex-dono dos estúdios Miramax que está agora preso e pagando pelas atrocidades que cometeu.
O elenco é formado por: Carey Mulligan (Não me abandone jamais e As sufragistas), Zoe Kazan (Especialista em crise e Ruby Sparks), Patricia Clarkson (A espera de um milagre e Os intocáveis) e Andre Braugher (Salt e Cidade dos anjos). O caso Harvey Winstein mudou Hollywood em uma das histórias sobre um dos maiores escândalos já vistos na indústria do cinema, conseguiu fazer com que décadas de silêncio e medo viessem à tona. Tudo começou com o relato da atriz Rose McGowan sobre seu encontro com HW. Também é mostrado os depoimentos das atrizes Gwyneth Paltrow e Ashley Judd que além de ser uma das mais prejudicadas fez uma participação especial como ela mesma.
Quase todo mundo no rápido e ágil mundo das comunicações de hoje não lê a matéria, apenas a manchete e isso é muito ruim porque não podemos opinar sobre um assunto, seja ele qual for, quando lemos apenas 2 ou 3 linhas sobre o mesmo. As repórteres Megan Twohey e Jodi Kantor trazem a tona uma das histórias mais importantes sobre assédio dos últimos 30 anos. Muita insistência, intimidação, cumplicidade e a vontade de ser a voz de muitas mulheres que foram compradas, ameçadas e humilhadas pelo monstro HW. A matéria foi ganhadora do Prêmio Pulitzer de jornalismo e responsável pela criação do movimento #ME TOO que quebrou décadas de silêncio sobre o abuso sexual em Hollywood.
Ela disse foi o primeiro filme a ser filmado no prédio da redação do New York Times. Brad Pitt é um dos produtores desse filme o qual já sabia das acusações de assédio contra HW muito tempo antes de comprar os direitos de filmagem pois ele namorou a atriz Gwyneth Paltrow entre 1994 e 1997, que foi o período em que a atriz acusou HW de tê-la assediado.
Ela disse mostra o medo imposto pelo monstro HW as mulheres as quais ele fez mal, usando o poder que tinha em Hollywood, ele conseguiu literalmente comprar o silêncio de várias vítimas as enganando judicialmente, proibindo-as de ir a público caso uma investigação viesse à tona. Mas, felizmente o jornal New York Times comprou a briga e fez justiça a dezenas de mulheres, pois não apenas atrizes foram prejudicadas por HW, como também, secretárias, estagiárias. Praticamente tudo que ele encontrava pela frente.
Infelizmente, mesmo com toda esse marketing, Ela disse não foi muito bem nas bilheterias e abriu com “apenas” 2.27 milhões de dólares nos cinemas. Bem abaixo das previsões de aproximadamente 6 milhões que estávamos tendo notícias. Está sendo esperado que os números ao redor do mundo e nos streamings sejam bem mais generosos.
A minha nota para esse filme é: