Como disse no título desse comentário: Às vezes, vale mesmo a pena esperar. Nesse caso quase 10 anos. Desde Soul – Uma aventura com alma que a pixar não lançava uma animação boa nos cinemas. Divertida mente 2 veio colocar a Pixar de volta nos trilhos. Sem perder nada da essência do original, Divertida mente 2 continua sendo um filme infantil feito para o público adulto, mais especificamente feito para quem é pai/mãe. Toda criança tem que ir acompanhada de um pai, uma mãe ou um adulto gostante que esteja apto para responder todos os questionamentos levantados com as adições das novas emoções com as quais Riley vai ter que aprender a lidar, agora que está com 13 anos e entrando em uma das fases mais complicadas e desafiadoras da vida, a adolescência. De acordo com o dicionário de Oxford adolescência é: Aquela fase, momento de alguma coisa que se caracteriza pelo viço, pelo frescor; juventude, mocidade. Ou seja, aquela fase aonde estamos nos descobrindo e tendo uma pequena noção de o que diabos viemos fazer nesse mundo. Tudo isso mostrado com muito bom humor e alguns exageros desnecessários os quais falarei durante essa crítica.
Não podemos deixar de exaltar a dublagem de Divertida mente 2. Não é a toa que as próprias Disney/Pixar/Universal/Warner/Todas as outras consideram a dublagem Brasileira como a melhor do mundo. Todos os dubladores do primeiro filme voltam para essa continuação: Miá Mello, perfeita como Alegria, Katiuscia Canoro maravilhosa como Tristeza, Leo Jaime muito bom como Raiva, Dani Calabresa fazendo a Nojinho praticamente sem precisar representar, Otaviano Costa continua muito bom como Medo. Um fenômeno muito difícil de acontecer aonde atores famosos conseguiram fazer um trabalho excepcional. Para as novas emoções em Divertida mente 2, o nome mais conhecido chamado para fazer a nova principal emoção, a ansiedade foi a atriz Tatá Werneck que também, assim como Dani Calabresa praticamente não fez esforço algum e o resultado ficou muito bom. As outras novas emoções foram dubladas por dubladores profissionais: Gaby Milani faz a Inveja, Eli Ferreira empresta a voz para o Tédio, Fernando Mendonça é a Vergonha, A maravilhosa Silvia Salusti brilha como Nostalgia e Isabela Guarnieri volta como a agora adolescente Riley.
A redatora e diretora de arte Kelsey Mann fez bonito em seu primeiro filme para o cinema. Se continuar com esse esmero e com essa excelência, tende a ser uma das grandes a ter seu nome conhecido mundialmente, porque conhecida ela já é, pois trabalhou em produções do tipo O bom dinossauro (redação), Dois irmãos (animação). E não é apenas no quesito técnico que Divertida Mente 2 impressiona. Os números também são impressionantes: Desde a sua estreia na América do Norte (14 de Junho) e no Brasil (20 de junho), Divertida Mente 2 já mandou mais de 1 bilhão de dólares para os cofres da Pixar, sendo $469.426.251 somente nos EUA e Canadá e $549,616,766 no resto do mundo. E já é, com ampla margem para o segundo colocado, a maior arrecadação em bilheteria desse ano.
Mas, como não vivemos em um mundo perfeito, Divertida Mente 2 também tem pontos negativos. Poucos, mas eles estão lá. O exagero em algumas passagens, eu achei um pouco pesado para o público alvo. Mesmo que sendo só por alguns segundos, temos que lembrar que o público alvo são crianças pequenas que ainda não estão preparadas para lidar com as “emoções” visuais apresentadas no filme. E também achei que a trilha sonora deveria ser um pouco mais leve. Mesmo sabendo que as crianças e adolescentes de hoje tem um acesso bastante amplo e uma capacidade de absorção de informação muito mais rápida que na época do primeiro filme, um ritmo um pouco mais lento, na minha opinião apenas iriam melhorar essa produção.
Minha nota para esse filme é:
Filme e crítica incríveis! Parabéns!