John Krasinski é um verdadeiro multi tarefa em Hollywood. O cidadão é ator, diretor, produtor, redator e ainda contribui na trilha sonora de suas produções. Vindo de 2 trabalhos em séries de televisão e 3 muito bons trabalhos na tela grande (A família Hollar, Um lugar silêncioso 1 e 2), ele conseguiu provar sua pluralidade com seu novo trabalho: Amigos imaginários que estreou hoje (16 de Maio) nos cinemas do Brasil. Um filme lindo, emocionante e que, infelizmente eu acho que não vai trazer o resultado esperado nas bilheterias pelo simples motivo de ser um filme infantil feito para adultos. Guardada suas devidas proporções, é a mesma situação enfrentada por Divertida mente. No elenco temos a jovem de 17 anos Cayley Fleming que consegue facilmente se passar por uma menina de 12 anos amargurada pelos desígnios impostos pela vida e que tão nova não acredita mais nos amigos imaginários. E isso tudo sem o menor esforço. Ryan Reynolds, o Deadpool no papel de Cal, a ajuda da protagonista, a Irlandesa Fiona Shaw, em um dos papeis de apoio e o próprio John Krasinski no papel do adulto que tenta fazer com que a filha não deixe de acreditar.
John Krasinski recebeu um voto de confiança da Paramount e está conseguindo provar sua versatilidade como diretor. Isso tudo graças aos bons resultados dos dois primeiros capítulos da cinessérie Um lugar silêncioso.
Qual é a idade certa para deixarmos de ser criança? Amigos imaginários fala justamente sobre esse processo. Muitas vidas diferentes fazem com que essa idade chegue mais cedo ou demore um pouco mais. Mas uma coisa é certa: quase ninguém sabe aproveitar as fases da vida na ordem certa. Quando criança queremos logo ser adolescentes, quando adolescentes queremos logo ser adultos e quando chegamos a maturidade, na maioria das vezes nos arrependemos de termos pulados ou aproveitado mal a melhor fase da vida que é a infância.
Existe um ditado que é o seguinte: “Nascemos sem pedir e morremos sem querer. Por isso, temos que aproveitar o espaço entre esses dois eventos ao máximo.” Fácil não é, nunca foi e nunca será. O modo como conduzimos nossa vida e as consequências de nossas escolhas são fatores que aprendemos a lidar, quase sempre da maneira mais difícil.
Durante todo o filme, John Krasinski mostra a luta da protagonista em achar que já cresceu sem estar preparada para deixar os amigos imaginários os quais nunca deveríamos esquecer. Quer queiramos ou não, todos nós os temos e eles sempre nos ajudam nas mais diversas situações, de uma maneira ou de outra.
Krasinski só se perde um pouquinho no segundo ato por ter uma certa dificuldade qual rumo vai seguir e isso cansa um pouco o espectador, principalmente o infantil que é, um tanto quanto equivocado, o público alvo dessa produção. Afinal, foi vendido como sendo um filme para o público infantil, quando na verdade deveria ser mostrado como um filme para os mais velhos que já passaram pelas experiências mostradas no filme.
Acho que não vai alcançar os resultados esperados devido a mensagem não ser mostrada nos moldes do politicamente correto, que estraga a maioria das boas ideias hoje em dia seja no cinema ou na televisão. Amigos imaginários é muito mais apreciado se visto em família com pais explicando aos filhos as situações mostradas na produção pois muitas crianças e adolescentes irão levantar questionamento que não serão respondidos por um amigo ou colega da mesma faixa etária, e sim por um adulto.
Mesmo com essas ressalvas, Amigos imaginários é mais um bom filme a estrear em nossas salas de cinema. Minha nota para esse filme é:
Vc é o máximo!!!!!!