De vários anos pra cá, temos que ter muito cuidado quando assistimos ao trailer das vindouras produções cinematográficas, principalmente no cinema. Na minha época, as empresas produtoras de trailers nos deixavam no suspense e com a vontade de ser o primeiro da fila no dia da estreia do desejado filme. Hoje em dia, os trailers, em quase sua totalidade estragam as principais surpresas dos lançamentos. Estratégia ao meu ver totalmente errada, porque em muitos casos o público perde a vontade de ver um filme porque as melhores ideias, cenas e até alguns plot-twists são revelados nos trailers. Isto posto, se você ainda não viu nenhum trailer nem leu nada sobre a mais nova produção da Universal, Abigail, pare agora e apenas conclua a leitura após assistir ao filme pois o trailer dá o grande spoiler do filme e estraga a surpresa do que deveria ser um dos filmes mais originais desse ano.
Dirigido a 4 mãos por Matt Bettinelli-Olpin (de Pânico 5 e 6 e Casamento Sangrento) e Tyler Gillet (de Pânico 5 e 6 e Casamento sangrento), Abigail traz no elenco Melissa Barrera (Pâncio 5 e 6), o veterano Giancarlo Esposito (Jogo do dinheiro) e a grande estrela dessa produção em seu 4º trabalho para o cinema e que tem tudo para se tornar uma grande atriz, a pequena Alisha Weir (de Matilda o musical e Não saia de casa).
É difícil assistirmos a um filme sobre vampiros sem muito sangue e mortes exageradas. Abigail tem esses dois quesitos de forma superlativa, mas perfeitamente aceitável dentro da proposta apresentada. O que diferencia essa produção dos filminhos de terror básicos do mês é o capricho que a Universal Pictures tem com suas produções. O filme cumpre sua missão em entreter o público que adora esse gênero de filme, mesmo tendo pecado em exagerar um tanto quanto na duração e principalmente na censura. Não concordo em essa produção ter recebido a faixa etária de 14 anos,. Como também não precisava ter 1 hora e 40 minutos. Se tivesse 15 minutos a menos eu teria saído um pouco mais alegre da sala de projeção. A teimosia da dupla de diretores em sequências demasiadas longas que não precisam de explicação terminou por prejudicar um pouco o resultado final. Tenho minhas dúvidas sobre a Universal querer perpetuar esse universo em mais alguns longas. Acho que essa história, mesmo que contada de forma meio capenga, mas satisfatória, agradou e não precisa de continuação.
Outro ponto a se destacar nesse filme é a trilha sonora. O clássico Cisne Negro cai como uma luva nas sequências em que é usado e não destoa em nada do tom usado. Outro ponto interessante de Abigail é que os personagens principais apresentados podem parecer um tanto quanto esteriotipados, mas a canastrice faz parte do universo cinematográfico apresentado e torna a experiência mais prazeirosa e divertida. Ainda bem que notei esse importante detalhe logo após o término da sessão. Com um primeiro ato feito no tempo certo, um segundo ato com sequências um pouco cansativas e um fechamento abaixo do esperado, Abigail ,ainda assim é uma das boas surpresas do ano. Minha nota para esse filme é
Aguardando, maravilha de comentário e análise.