Com estreia programada para próxima quinta, 18 de abril, Guerra Civil, é o novo filme do diretor Alex Garland (dos excelentes Dredd e Ex-Machina, do inquietante Men e do mediano Aniquilação). No elenco, a excelente e pluralíssima atriz Kirsten Dunst (da trilogia Homem-aranha, Jumanji, Entre segredos e mentiras e Wimbledon o jogo do amor), o Brasileiro Wagner Moura (Tropa de elite 1 e 2), a novata Cailee Spaeny (do recente Priscila) e o veterano Stephen McKinley Henderson (de Duna e Beau tem medo). Um filme cheios de altos e baixos aonde podemos ter duas grandes certezas: Kirsten Dunst é o filme e a prova definitiva do seu talento e que o ator Wagner Moura ainda tem muito, mas muito o que aprender para começar a ter algum destaque no cinema Americano.
Guerra Civil está indo bem no início de sua jornada nos cinemas. Até o fechamento dessa matéria 82 críticas dessa produção foram registradas por lá e sua aprovação chegou a impressionantes 88% no site Roten Tomatoes. Um filme que mostra a dura realidade dos jornalista que escolhem a guerra como área de trabalho. Uma realidade que, se se os fatos continuarem como estão, existe a possibilidade de isso acontecer de fato nos Estados Unidos daqui a alguns poucos anos.
Segundo o diretor Alex Garland, e concordo plenamente com ele, Guerra Civil não é um filme de guerra, e sim um filme jornalístico, pois mostra a luta e os percalços da personagem de Kisrten Dunst que parte de Nova York para Washington a fim de conseguir uma última entrevista com o decadente presidente Americano em meio a uma América dividida entre fanáticos patriotas, comunidades inteiras destruidas por tudo de ruim que a guerra traz e por aqueles que escolhem não entrar no conflito e tentam fingir que nada está acontecendo dentro de uma realidade em que a paz jamais poderá ser conseguida a não ser com o uso de armas pesadas.
Em meio a tudo isso, confesso que sai um pouco decepcionado do cinema, pois eu acredito que essa produção funcionaria bem melhor como uma minissérie. Explicações rápidas não me convenceram totalmente. É uma história muito rica e cheia de detalhes para caber em menos de 2 horas de projeção. 1 hora e 48 minutos para ser preciso. A jornalista Juliana Bugni do UOL, faz uma pergunta bastante reflexiva que diz bastante sobre os horrores vivido pelos personagens principais desse filme: “O que sobra de você, quando o mundo que você conhece acaba?”. Ponto de partida para uma importante reflexão. Outro ponto interessante desse filme é o que Kirsten Dunst consegue dizer sem falar uma única palavra. Não é toda atriz que consegue transmitir isso.
Guerra Civil nos mostra que por mais experiência que um repórter de guerra experiente tenha passado em sua vida, ( e que devido a sua escolha, não chega a ser uma vida longa) toda guerra é diferente. Sempre aprendemos coisas novas e surpreendentes em cada uma delas seja para o lado positivo ou negativo. Se é que existe o lado positivo em alguma guerra. Infelizmente, um evento onde ambos os lados perdem, por mais que exista um vencedor declarado. Essa produção também serve como um aviso sobre os rumos que tanto os EUA quanto o resto do mundo estão tomando.
Não considero Guerra Civil uma “obra prima” como muitos estão dizendo. Considero um bom filme, mas com muitos altos e baixos que acabam por prejudicar o resultado final, infelizmente.
Minha nota para esse filme é.