Com estréia prevista para próxima quinta-feira, dia 11 de Abril, Os Caça-fantasmas – Apocalipse de gelo é o mais novo lançamento da Sony-Columbia pictures e continuação direta de Os Caça-fantasmas – Mais além de 2021, que por sua vez é continuação dos filmes de 1984 e 1989. Infelizmente o fraco diretor Gil Kenan nos entregou um trabalho bem aquém dos diretores Ivan e Jason Reitman. Por mais que Mais além tenha dado certo, sou obrigado a concordar com o crítico Roberto Sadovski do UOL: “Um raio não caia duas vezes no mesmo lugar. E no cinema, é a mesma coisa.”
A narrativa de Apocalise de gelo tenta nos levar para várias direções mas acaba levando o espectador para lugar nenhum. Por mais que esse filme seja bem “produzido”, essa produção não nos traz nenhuma novidade tentando cativar a nova geração de espectadores com a mínima exploração de ricos personagens e a participação, muitas vezes desnecessária, de um elenco já cansado que deveria ter passado o bastão para essa nova geração (também muito mal aproveitada) desde o filme anterior.
A não ser pela participação do elenco original que ainda está vivo, as únicas referências e homenagens (que não poderiam faltar) ao filme clássico de 84 são apenas visuais, com objetos e/ou citações dos dois primeiros clássicos filmes. Mais uma chance perdida aqui, pois 2024 é o aniversário de 40 anos de Os caça-fantasmas original. Uma franquia tão rica que ao invés de dar um passo a frente, deu alguns para trás.
Os roteiristas Gil Kenan e Jason Reitman tiveram a infelicidade de querer colocar tudo que foi mostrado no filme anterior e mais um monte coisas em um roteiro confuso, previsível com um plot-twist banal e sem graça ao mesmo tempo em que apresentam novos personagens totalmente sem nexo. Uma colcha de retalhos que deveria ser totalmente repensada antes das câmeras começarem a rodar para que o resultado final não fosse essa desgraça apresentada.
O único destaque continua sendo para Mackenna Grace, que continua brilhando como Phoebe Spengler. A saída da fase infantil para a fase adolescente e a descoberta de suas preferências são o ponto alto do filme e mereciam mais tempo de tela. Trouxeram até mesmo o ator William Atherton com seu chato oficial odiador dos Caça-fantasmas que agora é prefeito de Nova York em uma participação pífia e quase insignificante, aparecendo pouquíssimo em cena e sem a menor graça. Longe de sua atuação do longa original de 1984.
Me recuso a internacionalizar o título desse filme como Ghostbusters. Acho ridículo. Caça-fantasmas tem muito mais classe e é muito mais legal.
Diante de tudo isso apresentado a minha nota para essa produção não poderia ser outra, senão