Com estreia programada para o dia 1º de Fevereiro, Argylle – O Superespião, novo filme do diretor Inglês Matthew Vaughn(X-men primeira classe e Kickass) chega chegando em grande parte das salas de exibição do Brasil. Comédia misturado com ação é um gênero que precisa se reinventar com certa urgência tanto no cinema quanto nos filmes lançados diretos para Streaming. Enquanto uma reviravolta ainda não chega, Matthew Vaughn conseguiu melhorar bastante o bom e velho “mais do mesmo”. Argyle é um filme gostoso de se ver, pois nos apresenta toda aquela velha fórmula por nós já conhecida de uma maneira ousada e inovadora.
Essa produção consegue com maestria juntar os exageros e os devaneios do diretor Matthew Vaughn com um elenco principal trabalhando em perfeita sincronia com um elenco secundário recheado de nomes famosos do 1º escalão do cinema atual. Vamos começar pelo elenco principal: Bryce Dallas Howard (da trilogia Jurassic World) e Sam Rockwell(dos maravilhosos Lunar, 3 anúncios para um crime e Jo Jo Rabbit) estão em perfeita sintonia durante todo o tempo de tela que dividem juntos. Acompanhados por Henry Cavill (O homem de aço), John Cena(Esquadrão Suicida), Bryan Crasnton(Breaking Bad), Catherine O’hara(Os fantasmas se divertem e Esqueceram de mim) Sofia Boutella (A nova versão de A múmia) e uma participação especialíssima da cantora Dua Lipa.
Fazia algum tempo que eu não via uma combinação que desse tão certo dos gêneros ação, comédia e música no cinema. Todos os exageros excessivos que presenciamos na tela, não se tornam exagerados em momento algum após o encerramento da sessão que tem até uma cena pós crédito bastante criativa.
Nas suas devidas proporções de escolha de gêneros para dirigir, posso comparar sem medo, Mathew Vaughn com Quentin Tarantino quando o quesito em questão é fazer com que um elenco trabalhe em perfeita harmonia em prol do resultado final. Outro ponto que não podemos deixar passar e temos que parabenizar são os editores dessa produção, pois conseguem uma sincronia perfeita quando os dois universos (os dos livros e os da vida real) se fundem e nos entregam algumas sequências de ação muito bem elaboradas e emocionantes. Nenhum dos atores mostra má-vontade nem cansaço em um filme que tem quase 2 horas de vinte de projeção (2hrs e 19 para ser preciso). Aliás, muita ação quase que initerrupta e muitas reviravoltas na trama cansam um pouco o espectador, mesmo nos sendo muito bem entregue como nesse filme, fazendo desse detalhe um dos pouquíssimos pontos negativos dessa produção.
Se esse filme tivesse sido lançado no ano passado(2023) com certeza teria recebido indicação a vários prêmios por montagem e edição e na parte de música. Vamos ver se vai ser lembrado para as premiações e indicações da temporada de prêmios do ano que vem.
Podemos comparar Argyle a um passeia em uma montanha-russa. Algumas subidas e descidas rápidas e violentas e reviravoltas completamente inesperadas. Não é à toa que as montanhas-russas são as atrações mais procuradas nos grandes parques temáticos espalhados pelo mundo.
Argyle tem bastante potencial tanto para sequências diretas quanto para franquias dedicadas a seus personagens principais. É só os realizadores terem o cuidado de não exagerar nas tramas e terminar apenas no “fazer por fazer” que é muito comum hoje em dia em uma Hollywood que só pensa no lucro e não na história. Isso acrescentado a um público que parece que a cada ano está perdendo a capacidade de exigir melhores tramas e aceita qualquer coisa que no é empurrado tela a baixo.
Não achei necessária a censura de Argyle ser de 14 anos. Uma grande parte do material apresentado hoje tanto na TV quanto nos serviços de streaming tem muito mais violência explícita e temas os quais não são apropriados para a idade que os consome. Essa classificação pode influenciar um pouco na arrecadação e em futuros projetos dessa franquia que parece ser tão promissora.
Minha nota para esse filme é: