Atualmente, quando somos convidados para assistirmos a pré estreia de um filme baseado em um jogo de grande sucesso, infelizmente, já vamos com uma certa ressalva, pois as últimas experências nesse gênero foram as piores possíveis. O primeiro Super Mario Brothers, é muito ruim, Street Fighter com Jean Claude Van Damme, outra desgraça, só prestam os desenhos. Todas as adptações de Mortal Kombat até a presente data são sofríveis, isso nos anos 90. As coisas começaram um pouco a melhorar nos anos 2000 quando Angelina Jolie chegou com sua Lara Croft, que mesmo não sendo lá essas coisas todas, não é ruim, a série Resident Evil o qual só presta o primeiro exemplar, os dois exemplares de Hitman são interessantes, Max Payne se saíria melhor se tivesse outro título e os nomes dos personagens fossem outros, Warcraft eu gostei. Isso para citar as produções de proveito. E a menção honrosa ou horosa de anos recentes: Uncharted com Tom Holland que consegue ser pior que muito ruim. Isto posto, fui prestigiar o convite do mais novo filme baseado em uma série de jogos de sucesso mundial: Gran Turismo – de jogador a corredor. Convite da agência Espaço Z, aqui em nossa cidade muito bem representado pelas jornalistas Carolina Santos e Priscila Correia (uns amores) e pela Sony Pictures Brasil. Em uma agradabilíssima noite de segunda-feira rodeado de amigos críticos. O resultado: uma agradabilíssima surpresa e um dos melhores filmes baseados em jogos dos últimos anos conferidos por esse analista.
Dirigido pelo muito bom diretor, mas um tanto quanto inconstante, Neil Blomkamp de Elysium. No elenco o Britânico Archie Madekwe, colaborador e amigo do diretor Ari Aster, pois já trabalhou em Midsommar o mal não espera a noite, no recente Beau tem medo, Djimon Houson, o mago Shazam de Shazam, a ex-Spice Girl Geri Halliwell, agora Geri Horner, Orlando Bloom de Piratas do Caribe e Senhor dos Anéis e David Harbour de Stranger Things e Viúva Negra.
O elenco citado acima foi o maior acerto dessa produção e, na minha opinião, um dos principais fatores que fez esse trabalho dar certo. Não é um filme perfeito, sou obrigado a concordar, mas está longe de ser esquecível. Até porque foi baseado em fatos reais e os personagens reais participaram do filme seja como consultores, seja como figurantes.
Todos os clichês possíveis e imaginários estão presentes sim, mas são conduzidos da melhor forma possível por ótimos atores coadjuvantes. Assintindo aos trailers, dá pra se ter uma ideia do que iremos assistir. Mas é um mais do mesmo diferente e apresentado da melhor forma possível, tornando a nossa experiência agradabilíssima.
Um dos pontos diferentes da narrativa dessa produção é que o personagem principal já nasce sabendo e vai ter que provar para seus humildes pais que pode se destacar na atividade que escolheu como profissão. E encontra uma natural resistência, pois tem uma família simples que não acredita e nem está conectada com a modernidade da profissão escolhida pelo filho mais novo. Como boa parte dos pais atuais, os quais não acham que jogando video games 24 horas por dia, trará algum futuro para seus filhos.
O roteiro trabalha de uma forma para nos mostrar que a dedicação e o compromentimento, seja em qual for a área por nós escolhida é o importante para chegarmos ao sucesso. Dificuldades, preconceitos e inúmeras tentativas, sejam elas naturais ou não de desistência, todos estamos fadados a enfrentar. E com a velocidade a qual o mundo está rodando hoje, temos que batalhar para sermos o melhor. Ser muito bom já quase não é mais pré-requisito.
Minha nota para esse filme é: