Sem dirigir longas metragens desde 2017, quando nos entregou o excepcional Trama fantasma, Paul Thomas Anderson volta aos cinemas, dessa vez com a contubarda década de 70 como pano de fundo em Licorice Pizza. Infelizmente, esse novo trabalho de Paul Thomas Anderson tem mais erros do que acertos. Na escolha dos protagonistas, Paul Thomas Anderson acertou em cheio quando escolheu os novatos Alana Haim e Cooper hofman ambos em seus primeiros trabalhos para o cinema. Cooper Hofman, não podemos esquecer, é filho de Phillip Seymor Hofman, um dos grandes atores que infelizmente não está mais entre nós. Pelo trabalho apresentado, parece que ele herdou o mesmo talento do pai. Ajuda muito o fato de ambos parecerem não como astros de Hollywood, de aparência irretocável e corpo escultural, mas sim como dois jovens normais, desajeitados e cheio de defeitos. Algumas participações especiais de atores veteranos interpretando atores consagrados do cinema: Sean Peen como Jack Holden ( caricaturizando o ator William Holden) e Bradley Cooper como o famoso produtor Jon Peters.
Mesmo com tudo isso, Licorice Pizza é um filme ruim? Não. O problema aqui é que Paul Thomas Anderson nos entregou um longa que é mais um passeio pela famosa “alameda da memória” do que narrativa movida por história, mesmo tendo dois personagens carismáticos e com arcos promissores. Seria melhor recebido se tivesse alguns minutos a menos. Quase 2 horas e vinte de projeção tornam um filme um pouco cansativo.
Minha nota para esse filme é: