Definitivamente o que o cinema está precisando hoje é de novas ideias.Se não novas ideias, pelo menos que consigam melhorar o que já deu certo. E é exatamente isso que o novo filme da plurivalente Halle Berry nos mostra. Novo e melhor filme do curriculum do Francês Alexandre Aja, diretor de Predadores Assassinos e do remake de Piranha. Além de Halle Berry o elenco é formado pelos jovens Percy Daggs IV entregando uma maravilhosa performance em seu primeiro trabalho para o cinema, e Anthony B Jenkins que também nos entrega um maravilhoso trabalho em seu segundo papel no cinema. Quero ressaltar o trabalho desses dois jovens atores e dizer que Não Solte! não seria nada sem essa dupla. O nome de Halle Barry no elenco, é claro, contribuiu bastante com a produção, pois ela igualmente entrega uma igualmente ótima atuação, mas o grande destaque do filme é o trabalho desses dois novatos os quais há muito tempo eu não via trabalharem tão bem e em quase perfeita sintonia em seus primeiro e segundo trabalho. Ainda por cima em uma produção caprichada como essa que teve o custo de 25 milhões de dólares, ainda está em cartaz nos EUA (estreou por lá no dia 22 de outubro) e já arrecadou um pouco mais do que custou, ou seja, daqui pra frente é só lucro.

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O roteiro escrito a 4 mãos pelos desconhecidos KC Coughlin e Ryan Grassby do também pouco conhecido A menina do mar relata a história de uma mãe e seus dois filhos tentando sobreviver em um mundo aonde um mal sobrenatural os obriga praticamente a jamais se separarem fisicamente, até que um dos filhos começa a questionar o inquestionável: o mal existe mesmo ou tudo é fruto de uma mente doentia completamente distorcida da realidade.

Não solte é uma daquelas produções aonde você não consegue se desgrudar da cadeira e cada detalhe absorvido durante a produção é muito importante para o entendimento do desfecho final, que foi a minha única ressalva acerca desse quase perfeito filme o qual eu entrei pensando que ia ser mais um terrorzinho básico do mês e saí impressionado com o que vi. Seria tão bom se pelo menos metade dos filmes de terror lançados mensalmente fossem desse nível. Infelizmente a grande maioria das produções lançadas anualmente são bem decepcionantes.

Tudo no contexto de Não solte faz parte e não tem exagero nenhum. O mundo pós-apocalíptico criado por Scott Chambliss dos novos filmes de Jornada nas estrelas e os novos filmes de Godzilla nos imerge em um novo mundo aonde veremos muitas cópias ruins nesses próximos vindouros anos. Mesmo nos rementendo a produções como Um lugar silêncioso Bird boxNão solte pegou apenas o contexto e conseguiu entregar um grande entretenimento de 1 hora e 42 minutos. Nem muito longo para torná-lo cansativo nem muito curto para nos ficar devendo vários elementos ao contexto apresentado.

Mas como nem tudo são flores, Não solte dá umas escorregadas em seu terceiro ato. Nada que tire o brilhantismo do todo como é comum em Hollywood, mas prejudica um pouco com alguns pontos desnecessários.

Minha nota para esse filme é:

Eight in the Tarot Cards - Transformation by Dissolution