Uma das experiências mais valiosas que o meu querido pai me ensinou nessa vida: Nunca queira dar um passo maior do que suas pernas, você vai cair se fizer isso. E é exatamente esse o sentimento que tive ao sair da sessão de A garota da vez, estreia da atriz Anna Kendrick na cadeira de diretora. O roteiro ficou a cargo de Ian McDonald em seu segundo trabalho para o cinema. Outro ponto negativo acerca dessa produção. Além de dirigir, Anna Kendrick também atua acompanhada de Daniel Zovatto advindo do recente e não muito bom O exorcista do papa e não dando a carga que o personagem principal merece, mostrando um serial killer “bonzinho demais” que não chega a dar medo em momento algum do filme. Também faz parte do elenco, a novata Nicolette Robin em seu segundo trabalho para o cinema.
Anna Kendrick escolheu como primeiro filme contar a história de Rodney Alcala, um dos mais notáveis assassinos seriais dos Estados Unidos na década de 70. Acredita-se que ele tenha matado mais de 130 mulheres até ser preso, julgado e condenado a morte. Acabou morrendo na cadeia em 2021 em uma prisão na California de causas naturais, enquanto aguardava sua execução.
Uma história tão rica como essas deveria ter caido nas mãos de diretores bem mais experientes tipo David Fincher, M.Night Shyamalan, Dennis Villeneuve e vários outros com mais experiência em produções de grande porte. Anna Kendrick teve coragem e falhou em comandar um projeto tão ambicioso como primeiro trabalho atrás das câmeras. Deveria fazer como a grande maioria de atores que se tornam diretores faz: começando com projetos pequenos para ir ganhando notoriedade e respeito para depois de alguns bons filmes lançados, trabalhar em um filme como A garota da vez.
Outro ponto negativo dessa produção é a edição que confunde um pouco o espectador. Os fatos não são apresentados em ordem e esse desalinho de ideias apenas enfraquece ainda mais essa produção. Mas à Cesar o que é de Cesar, Anna Kendrick não é um fracasso total e deve continuar lutando na carreira de diretora. Um espaço aonde o público feminino ainda é minoria porque lhes são dadas bem menos oportunidades do que aos homens. Uma lástima, pois independente de serem homens ou mulheres, deveriam ser contratadas pelo talento que tem e pela contribuição que podem ofertar ao mundo do cinema.
As melhores sequências dessa produção, são as sequências da recriação do programa “Dating game”, versão americana do nosso extinto “Namoro na TV”, aonde uma candidata selecionada pela produção escolhia, às cegas, o melhor entre 3 candidatos. A equipe dos designers de produção fizeram um belo trabalho.
Minha nota para esse filme é:
Assisti e achei o filme confuso .. mal elaborado.. embora não tenho nenhum tipo de expertise, eu realmente não gostei !