O POUCO COM DEUS É TUDO. O MUITO SEM DEUS É NADA. Mesmo sendo criado em uma família frequentadora da tradicional Igreja Católica, tenho algumas críticas em algumas de suas ações. Se formos colocar nas suas devidas proporções, há igrejas e igrejas, padres e padres, pastores e pastores. Um assunto muito delicado a se falar sem levantarmos acaloradas discurssões. Isto posto, vamos comentar a seguir sobre o novo filme do Angel Studios, Som da esperança – A história de Possum Trot. Filme baseados em acontecimentos verídicos que está com estreia programada para o dia 24 de Outubro nas salas de cinema do Brasil.

Para que não sabe o que é a Possum trot, Possum Trot é uma cidadezinha localizada no interior do Texas bem perto da fronteira com a Louisiana, formada quase em sua totalidade por cidadãos de baixa renda, afro-americanos e frequentadores de igrejas evangélicas batistas. No centro dessa comunidade fica a Capela Bennet, um local de adoração para os Batistas nativos. Em 1998, algo de extraordinário aconteceu que fez essa pequena cidade ficar famosa para boa parte do mundo. Tudo começou quando a residente local Donna Martin, após perder sua mãe, sentiu a necessidade de adotar uma criança. Com uma grande fé em Deus, ela conseguiu convecer seu marido, o Reverendo WC Martin a adotar não uma, mas duas crianças que precisavam de um lar. Resumindo a história: Juntos o pastor e sua esposa conseguiram convecer outras 22 famílias a adotar 77 das crianças mais difíceis que estavam na fila de adoção naquela época. Gesto esse que deu início a um grande movimento em prol de crianças vulneráveis pelo mundo todo.

O filme é dirigido por Joshua Weigel em seu primeiro trabalho para o cinema. No elenco Nika King da famosa série Euphoria, Demetrius Groose da interessantíssima série Banshee e Elisabeth Mitchel da nova versão de V – A batalha final e Lost. Produzido pela Angel Studios, produtora com alguns filmes evangélicos em seu curriculum como O Som da liberdade de 2023 e da série de sucesso O escolhido.

Temos que aprender uma valiosa lição com a cidade de Possum Trot: Toda criança merece um lar seguro e feliz. Infelizmente, nem sempre isso acontece e hoje existem mais de 400.000 crianças em estado de abandono, somente nos Estados Unidos, 100.000 dessas crianças estão na fila de adoção a espera de um lar. Possum Trot mostra que não há limites para o que o amor pode realizar. É aquela velha mensagem padrão de amor ao próximo que frequentemente vemos e pouco fazemos para ajudar ou para tentar mudar a vida dessas crianças.  Mas, na vida nem tudo são flores e mesmo após quase toda cidade conseguir adotar crianças sem um lar, os problemas começaram a chegar. É como diz o famoso dito popular: não existe refeição de graça. É aí que os verdadeiros percalços começam com as dificuldades e problemas a medida que as contas não param de chegar, mas com uma grande vantagem: o senso de união e comunidade que a comunidade de Possum Trot tem e consegue provar que através do amor, da união e do poder da ação coletiva, a vida e o destino de crianças esquecidas pelo sistema pode mudar para melhor.

Outro ponto interessante que essa produção aborda, é que boa parte das crianças vem de lares tão destroçados e passam por experiências tão traumáticas, que ao receber amor de verdade, elas não acreditam o que de bom está acontecendo com elas e demoram bastante a se adaptar a essa nova realidade. Algumas delas chegam com os corações tão machucados que jamais se permitem ser amadas. Uma triste realidade, mas cada vez mais, isso está se tornando parte da nossa realidade.

Praticamente sem quase nenhuma propaganda, Possum Trot, estreou em julho nos Estados Unidos e está trilhando um belo caminho nas bilheterias. Já arrecadou mundialmente mais de 20 milhões de dólares nos mercados por onde foi lançado e ainda faltam vários mercados exibidores para essa produção estrear. Também teve um desempenho muito bom no site de criticas Rotten Tomatoes, obtendo uma aprovação de cerca de 82%. Um programa, que com certeza, vale o preço do ingresso.

Minha nota para esse filme é:

Eight in the Tarot Cards - Transformation by Dissolution