Em uma época aonde o politicamente correto vem comprometendo a qualidade de várias produções em todos os gêneros cinematógraficos, termos uma animação como Robô Selvagem nos faz restaurar a nossa fé na humanidade e em Hollywood também. Uma animação cujo público alvo somos todos nós, pertencentes a raça humana, que , convenhamos, não estamos fazendo um bom trabalho no mundo.

O redator, animador e diretor Chris Sanders e sua equipe conseguiram realizar o melhor trabalho de suas carreiras, na minha opinião, quando nos entregaram uma verdadeira aula de maternidade, pertencimento, amizade, família, amor e união. Tudo junto e misturado, no que ouso afirmar como a melhor animação lançada nos cinemas desse ano de 2024. Só para que vocês saibam quem é Chris Sanders, ele é o responsável pelas animações: Planeta do tesouro, que mesmo não sendo muito bem compreendida e aceita mundialmente é excelente, Irmão Urso, Kung Fu Panda e Madagascar. Foi responsável pelo roteiro de: Os Croods, Lilo e Stich, Mulan, O Rei leão, Aladdin e A Bela e a Fera, apenas. E foi diretor de: O chamado da floresta com Harrison Ford, Como treinar seu dragão, Lilo e Stich e Os Croods.Apenas.

Tudo em O Robô Selvagem dá certo. Desde a animação que é uma aquarela em movimento, o que eu achei maravilhoso pois nos tira daquelas tradicionais animações de hoje em dia que beiram a perfeição e nos faz lembrar do maravilhoso Gato de Botas 2, que usa o mesmo estilo de animação. Usando vários caminhos díspares, O Robô Selvagem atinge de forma diferente a seja qual for a faixa etária que o assista. A mãe que acha que não está preparada para ser mãe e os desafios que a maternidade traz, a aceitação por ser diferente, a nossa missão nesse planeta, que é ajudar o próximo, mesmo que o próximo não queira você próximo dele. Tudo isso é abordado de uma maneira divertida e emocionante sem agredir ninguém nem mandar indiretas implícitas.

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Chris Sanders consegue nos mostrar que de uma das uniões mais estranhas que já ouvimos falar no cinema: um robô, um ganso e uma raposa, vai fazer o público conseguir extrair lições maravilhosas e testemunhar que realmente a união faz a força quando aplicada da maneira correta e também que o verdadeiro amor pode fazer acontecer verdadeiros milagres inimagináveis.

O Robô Selvagem nos faz um sutil alerta de como a tecnologia usada em conjunto com a inteligência artificial pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal, nos lembrando uma miscelância de outras produções que vai desde o clássico Patinho feio, passando por IA e com alguns elementos de Eu, robô. Não sou contra a junção desses temas usados no cinema, desde que seja desse nível de Robô Selvagem para melhor. Para melhor, confesso, de ainda não ter presenciado.

Outro tema abordado em O Robô selvagem vem na forma do personagem de uma raposa, que é conhecida por ser traiçoeira e querer levar vantagem em tudo. Além de ser o alívio cômico, ela é a responsável por conduzir e mostrar que se formos amados e respeitados da maneira certa, a mudança vem, mesmo se formos advindos de uma vida de rejeição e maus tratos, todos nós temos as condições de mudar para melhor, basta querer.

O elenco de vozes de O robô selvagem está espetacular tanto na língua original quanto na dublagem. Na língua Inglesa temos as vozes de Pedro Pascal, Lupita Nyong’o, Bill Nighy, Mark Hamill, Ving Rhames e Catherine O’hara. Na versão Brasileira, o estúdio Unidub ficou responsável e o diretor foi Wendel Bezerra. Elina de souza, Rodrigo Lombardi, Gabriel Leone, Rosa Maria Baroli e o veterano Carlos Campanile completam o elenco de vozes nacionais. Sempre gosto de usar aquela velha máxima: quando saimos falando do filme, o trabalho de dublagem foi excelente, como nesse caso.

Aviso importante: O robô selvagem vai entrar em cartaz em regime de pré estreia por causa da semana do cinema somente dos dias 12 a 18 de setembro. Após esse período ele só voltará aos cinemas quando entrar oficialmente em cartaz na data programada que é dia 1o de outubro.

Minha nota para esse filme não podia ser outra a não ser:

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