Acredito que Nicole Kidman não tenha mais o que provar como atriz, pois ao longo de suas mais de 4 décadas de uma brilhante carreira ela só tem lapidado suas perfomances a cada trabalho entregue. Seja em TV, cinema ou teatro, Nicole Kidman é sempre uma festa para os olhos de quem a vê no exercício de sua profissão. Mas como foi citado por mim na manchete dessa crítica, nem sempre uma boa atuação, é significância de um bom filme.

É essa, infelizmente a constatação após assistir Babygirl, novo filme da diretora Holandesa Halina Reijn, em seu terceiro trabalho para o cinema, a qual também assina o roteiro. Um drama arrastado e chato em que a única coisa aproveitável é o trabalho de Kidman que está presente em quase 100% das cenas. Quanto ao resto do elenco, nem os nomes de Antonio Banderas de Borboleta Negra, Harris Dickinson de Um lugar bem longe daqui e Sophie Wilde do interessante Fale comigo conseguem salvar esse ousado projeto.

Por onde tem passado, Babygirl tem conseguido conquistar importantes prêmios, seja como indicado ou como vencedor. Nicole Kidman ganhou melhor atriz no Festival de Veneza desse ano e o filme foi indicado. Filme e atriz foram agraciados no Festival Internacional de Palm Springs. Melhor atriz no National Board of Review desse ano. É indicado ao Globo de Ouro de Melhor atriz em drama. Realmente, de melhor atriz ela merece todas essas indicações e todas essas vitórias. Tenho sérias dúvidas quanto a de melhor filme. Se Nicole Kidman não fizesse parte dessa produção, acredito eu que não estaria tendo nem metade de toda essa evidenciação ao seu redor.

Nicole Kidman se envolve em romance arriscado no novo trailer de Babygirl -

Um suspense erótico com cenas ousadas de absoluta exposição por parte de sua protagonista que assume o papel de uma executiva de uma grande empresa e que se aventura em um tórrido romance com um estagiário de sua empresa bem mais novo que ela, pondo em risco seu casamento e sua sólida família.

Não senti em momento algum da projeção a emoção que a diretora pretendia passar para o espectador. Como citei antes achei a trama muito arrastada aonde Nicole Kidman é o único motivo de valia do preço do ingresso.

Babygirl tem até um axioma interessante, mas que poderia ter sido explorada de uma forma mais agradável aos olhos de quem o irá vê-lo, seja em qual formato for. Não apreciei muito a maneira que a diretora usa a câmera, em sequências rasas e de resolução pífias, cansando o espectador. O que poderia ser um grande espetáculo visual, se tornou apenas mais um filme esquecível que só vale a conferência pelo talento de sua protagonista. Essa produção dividiu tem dividido bastante o público por onde tem estreado. Em Veneza, por exemplo, Babygirl foi tanto aplaudido quanto criticado, principalmente por seu sensacionalismo demasiado.

Minha nota para esse filme é:

Número 5 | PSD Premium