Continuação, seja de qual franquia for, é um verdadeiro terreno minado a se explorar tanto no mundo do cinema quanto na televisão. Se demorar muito pra ser feita, a coisa não sai que preste na grande maioria dos casos e se passar pouco tempo, parece que foi feito às pressas apenas com o intuito de arrecadar dinheiro querendo aproveitar o sucesso da ideia original. Mas….ainda bem que temos exceções como é o caso de Os Incríveis 2, Top Gun – Maverick, O Exterminador do Futuro 2Divertida Mente 2, apenas para citar alguns cases de sucesso que foram realizados uns bons anos depois do lançamento de seus originais e para reavivar a memória do público não só no trigal da animação, mas em live actions (filmes com atores) também. Em compensação a essa aformação temos também aquelas continuações que se não tivessem sido realizadas, não teriam feito a menor falta. Vamos aqui lembrar de algumas: Matrix Revolutions, Um Príncipe em Nova York 2, Superman 4, Robocop 2, Batman & Robin.

E também existem aquelas continuações que são completamente indolentes ao filme original, ou usando o taramelar comum: “tanto faz, como tanto fez”. Essa afirmação cabe perfeitamente a Moana 2, sequência do grande sucesso Moana de 2016 que teve uma aprovação de 95% por parte da crítica especializada e 90% de aprovação do público assistente. Sua arrecadação mundial foi de impressionantes 643.332.467,00 de dólares para um custo de produção de 150 milhões, ou seja, um lucro de mais de 400%. É claro, lógico e evidente que uma continuação iria chegar aos cinemas após a Disney ter tido um ganho desses.

O roteiro de Moana 2 é praticamente um “Copia e Cola” do primeiro filme. Os roteiristas David G Gerrick Jr do primeiro filme, Dana Ledoux Miller em seu primeiro trabalho para o cinema advinda da televisão e Beck Smith de Malévola 2 chegaram à concórdia de entregar um roteiro que não gerasse dúvidas nem arrependimentos. Um trabalho aonde a fórmula final teria muito mais chances de dar certo e colocar alguns milhões de dólares pra dentro do que o contrário. Principalmente em um mercado que a cada dia está mais competitivo e também cada vez mais temeroso em lançar ideias originais aonde o retorno é uma verdadeira incógnita.

E deu muito certo. Embalado ainda pela empatia dos personagens e também pelos adiantados trabalhos da versão live action que chegará aos cinemas em 2026, Moana 2 até o fechamento dessa matéria já havia arrecadado 453.355.655,00 milhões com uma aprovação de 87% do público e 62% da crítica, o que já era esperado devido a essas “falhas” apontadas. Esses expressivos números em apenas 10 dias de exibição.

A trilha instrumental continua nas mãos do grande e talentoso Mark Mancina de Bad Boys, O som do Coração Os Sem Floresta. Destaque aqui para a versão dublada aonde o cuidado em traduzir as canções foi admirável, como sempre, em se tratando de Disney.

Outro ponto a se destacar é a evolução do processo de animação, que em algumas sequências, nos faz acreditar devotamente que são cenários reais. O descansilho dessa tecnologia está em degraus jamais imaginados para o público advindo da minha geração.

Mesmo com todos esses pontos positivos, Moana 2 falha no principal que é nos entregar algo de novo. Cumpre seu papel de entreter o público alvo que são as crianças pequenas.

Minha nota para esse filme é:

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