Nosferatu (film, 2024) — Wikipédia

Robert Eggers tem se mostrado um grande diretor do cinema conteporâneo. Seus 4 primeiros trabalhos para o cinema: A Bruxa, O Farol, O Homem do Norte e Nosferatu mostram sua  multiplicidade na arte de contar histórias. Um diretor que tem se revelado comandar filmes não para o público em geral, mas para um público exigente que não aprecia tão somente assistir a um filme, um público que gosta do cinema como arte e tem recebido exatamente isso das produções comandas por ele.

Em Nosferatu, Robert Eggers dirige um elenco de jovens e veteranos em uma perfeita amálgama cinematográfica de talentos em uma produção que nos remete ao bom e velho cinema de décadas passadas, mas com os mais modernos recurssos que o cinema tem a entregar. Lily-Rose Depp, a filha de Johny Depp, mostrando que é tão talentosa quanto seu pai, Nicholas Holt, saido do recentíssimo Jurado Nº2 provando sua pluralidade como ator,  Bill Skarsgad da duologia IT A Coisa, irreconhecível e dando um show de atuação debaixo de toneladas de maquiagem e Willem Dafoe que é desobrigado de qualquer apresentação prévia, completa o elenco de um dos filmes mais intriguistas do ano, além de deixar claro e evidente do prazer e diversão que foi para ele trabalhar nessa produção. Um desafio cumprido com louvor, pois Nosferatu merecia um filme desse nível por se tratar da primeira refilmagem do primeiro filme sobre vampiros da história do cinema lançado em 1922.

Uma produção envolvente como há algum tempo eu não testemunhava numa sala de cinema. Um filme que tem que ser visto em uma sala escura ou em um ambiente com o menor sinal de luz possível pois nesse caso se houver luz, o espectador não vai absorver a experiência de um dos melhores filmes que pude conferir em 2024. E o site Jovem Nerd acerta em cheio quando afirma que contar uma história inédita é um desafio tão imenso e difícil quanto recontar um clássico.

Remake de “Nosferatu“ com Bill Skarsgård e Willem Dafoe ganha trailer | CNN  Brasil

Logo nos primeiros minutos de projeção o jogo de imagens que nos é mostrado aonde vemos apenas a sombra de Nosferatu já nos deu uma ideia do que estaria por vir no restante do filme.  Concordo com o crítico Americano Jazz Tangcay da Variety quando ele diz: “Nosferatu é um remake perfeito.” Já afirmei isso algumas vezes em meus comentários, mas sempre é bom amentar novamente: “O cinema moderno precisa de mais filmes de terror e suspense dessa categoria ao invés de ficar enfiando para o público as produções nauseabundas mensais aonde em sua maioria, são de extremo mau-gosto, execráveis e totalmente sem a mínima qualidade artística.”

Nosferatu chega a ser em alguns momentos de sua projeção um tanto quanto desconfortante, devido ao teor de algumas cenas bastante impactantes. Como citei anteriormente e volto a afirmar, Nosferatu é um filme para quem gosta e aprecia a arte do cinema e não meramente para quem gosta de filmes somente.

Robert Eggers recupera o terror clássico em Nosferatu ao retratar com perfeição a Alemanha de 1838. Um filme que nos deixa inquietos e pensativos sobre o que o mal é capaz na sua forma mais pura e clara. Outro ponto importante para uma apreciação e imersão total a esse universo é assistir a Nosferatu na melhor sala em termos de som e imagem disponível na sua localidade. Não tive o prazer de conferir essa produção em uma sala IMAX, mas, confesso que a sala escolhida para a cabine de imprensa estava com o som e a imagem muito bons. Se, a partir do dia 2 de janeiro, Nosferatu entrar em cartaz em alguma sala IMAX ou similiar, irei sem dúvida reassistir a essa valiosa contribuição para o bom cinema de terror o qual carece de mais produções desse livel.

Robert Eggers e Henrik Galeen adaptaram brilhantemente a obra original de Bram Stoker e conseguiram entregar um dos melhores filmes desse ano.

Minha nota para esse filme é:

What is 10?