Programado para estrear nessa quinta dia 29 de fevereiro de 2024, a segunda parte da saga Duna baseada na série de livros do consagrado autor Frank Herbert, tem tudo e mais alguma coisa para conseguir superar a primeira parte. Novamente dirigido pelo Canadense Denis Villeneuve que, a cada produção entregue, nos prova que é um dos melhores diretores do cinema da atualidade. No elenco continuam Thimothée Chalamet (Wonka), Zendaya (da nova trilogia do Homem-aranha), Rebeca Ferguson (Missão: Impossível 5,6 e 7), Javier Barden (Onde os Fracos Não Tem Vez), Josh Brolin (Onde Os Fracos Não Tem Vez) e Dave Bautista (Os Guardiões da Galáxia 1, 2 e 3). As novas adições ao elenco ficou por conta de Austin Butler (Elvis), Florence Pugh (Oppenheimer), Lea Sydoux (007 Sem Tempo Para Morrer) e o veterano e mundialmente conhecido Christopher Walken (Amor à Queima-Roupa). O cineasta Christopher Nolan deveria agradecer a Duna o fato de seu Oppenheimer reinar quase que absoluto nas principais indicações de quase todas as premiações do ano passado. Afirmo isso sem a menor dúvida que se Duna: Parte Dois tivesse estreado na data programada (novembro do ano passado), Oppenheimer mesmo com suas inegáveis qualidades não seria tão favorito assim.
Nas suas devidas proporções, podemos comparar facilmente duna com a segunda parte da saga O Senhor dos Anéis, As Duas Torres de Peter Jackson. Ambas as produções até agora são as minhas favoritas da trilogia(afirmo isso porque os planos originais de Villeneuve são para uma trilogia e que após conferir o resultado final desse filme, com certeza será realizado e cujo título provisório será O messias de Duna). Não é nada fácil adaptar uma série de livros dessa magnitude, mas, para nossa sorte, Denis Villeneuve está se tornando especialista nesse quesito cinematográfico. Podemos afirmar isso após termos assistido a Blade Runner 2049 e A Chegada. Uma das raras carreiras cinematográficas modernas consolidadas e que prova saber exatamente para onde está indo. Outro fator positivo que torna Duna: Parte Dois tão espetacular é o fato de um dos roteiristas ser o próprio Frank Herbert, o autor dos livros originais. Isso, na minha opinião, é de extrema importância para que o resultado final seja essa maravilha que foi entregue.
Assumindo o comando da trilha sonora está Hans Zimmer e com quase 150 filmes em seu currículum, Zimmer já nos entregou trilhas maravilhosas como Gladiador, X-men Fênix Negra, O Rei Leão, A Origem, trilogia Batman O Cavaleiro das Trevas, O Grande Truque, O Último Samurai, Falcão Negro em Perigo e Missão: impossível 2. Isso apenas para citar alguns de seus trabalhos. Atenção: é imprescindível que a primeira experiência com Duna: Parte Dois seja na melhor sala disponível em sua cidade no quesito som e imagem. Não existe termos para compararmos a diferença da experiência de vermos um filme dessa magnitude em uma sala digital normal e uma sala IMAX, por exemplo. De todas as trilogias que já vi no cinema, é normalmente a segunda parte a qual eu mais aprecio. O Poderoso Chefão, Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas, O Senhor dos Anéis, O Cavaleiro das Trevas estão aí para provar essa minha teoria.
Mesmo com quase 3 horas de projeção (2 horas e 46 minutos para ser preciso), saimos do cinema querendo mais. Sentimento ainda mais forte do que na primeira parte que também é um espetáculo cinematográfico e cuja análise você pode ler ou reler seguindo aqui. Muitos ficaram na dúvida quando ficamos sabendo que a saga iria ser adptada para o cinema em 2021. Grande parte dessa desconfiança se dava ao trauma que muitos tiveram ao conferir o resultado final que David Lynch entregou em 1984. Esse trauma só foi diminuir um pouco vários anos depois quando saiu a versão do diretor com quase 4 horas de projeção o que tornou o projeto “menos ruim” e posteriormente com as séries para TV que nos elucidaram sobre essa complicada história um pouco mais. Só conseguimos ficar livre totalmente desse “trauma cinematográfico” com a produção entregue por Villeneuve em 2021.
O Australiano Greig Feizer nos entrega uma fotografia espetacular nos mostrando um visual ao mesmo tempo fascinante e espetacular em conjunto com uma trilha sonora igualmente maravilhosa. Você pode não conhecer o rosto de Greig Feizer, mas com certeza já viu alguns trabalhos dele na telona: Resistência, Batman, Duna: Parte Um, Lion – Uma Jornada para Casa, Foxcatcher, A Hora Mais Escura, O Último Samurai, Os Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra. A primeira parte abriu em 2021 com a bilheteria de 41 milhões de dólares e terminou sua jornada nos cinemas com a arrecadação de 433.790.080,00 no mundo todo. Isso com o orçamento de 165 milhões de dólares, gerando um lucro de mais de 160% para os cofres da Warner. Para a segunda parte, Villeneuve contou com um orçamento um pouco maior: 190 milhões. Investimento muito bem gasto, dado o resultado final. Acredito fortemente que sua arrecadação será maior que a de seu predecessor e a terceira parte já está garantida para daqui a 2 ou 3 anos. Com tudo isso dito, minha nota para esse filme não poderia ser outra senão: